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As Pirâmides do Egito Foram Construídas por Extraterrestres?
Quem, como, quando, onde, porque

Seriam os deuses astronautas?


As pirâmides do Egito, especialmente a Grande Pirâmide de Quéops, fascinam a humanidade há milênios. Com sua arquitetura monumental, precisão geométrica e durabilidade milenar, essas construções impressionam até os engenheiros modernos. No entanto, justamente por parecerem tão extraordinárias, algumas pessoas acreditam que elas não poderiam ter sido construídas por humanos — e sim por seres extraterrestres. Este artigo propõe uma análise racional, científica e arqueológica para desmontar os principais argumentos dessa teoria conspiratória e mostrar, com evidências sólidas, que as pirâmides são um feito humano.

Alienígenas construindo pirâmides
Alienígenas construindo pirâmides

A origem da teoria dos alienígenas construtores

A ideia de que as pirâmides foram construídas por alienígenas popularizou-se nos anos 1960 com o autor suíço Erich von Däniken, que escreveu o best-seller Eram os Deuses Astronautas?. Däniken sugeriu que antigos monumentos ao redor do mundo — não apenas no Egito, mas também na América do Sul, Ásia e Oceania — só poderiam ter sido construídos com ajuda extraterrestre, dada sua suposta complexidade tecnológica.

Embora sedutora para o imaginário popular, essa hipótese ignora séculos de pesquisa arqueológica, evidências concretas e conhecimentos históricos sobre as capacidades das civilizações antigas.

Argumento 1: “Os egípcios não tinham tecnologia para construir as pirâmides”

Refutação:

Esse é o argumento mais comum, mas também o mais fraco diante das evidências arqueológicas. Os egípcios não só tinham tecnologia, como também desenvolveram métodos extremamente eficazes para corte, transporte e montagem de blocos de pedra.

  1. Ferramentas de cobre e pedra: Apesar de parecerem simples, ferramentas de cobre (martelos, cinzéis e serras) eram eficazes para cortar calcário e arenito — os materiais mais usados nas pirâmides. Blocos de granito mais duros eram entalhados com abrasivos como areia de quartzo.

  2. Rampas de construção: A teoria das rampas é bem aceita entre arqueólogos. Os egípcios construíam rampas de terra ou tijolos para transportar os blocos usando trenós. Uma evidência importante foi encontrada em Hatnub, uma pedreira egípcia com registros de rampas inclinadas e sistemas de cordas e postes que datam do reinado de Quéops.

  3. Força de trabalho organizada: Não havia escravos construindo as pirâmides, como Hollywood sugere. Escavações em áreas residenciais próximas às pirâmides revelaram que os trabalhadores eram bem alimentados e viviam em estruturas organizadas, indicando que eram cidadãos pagos pelo Estado.

Argumento 2: “As pedras são pesadas demais para serem movidas sem ajuda alienígena”

Refutação:

A maior parte dos blocos usados na Grande Pirâmide de Quéops pesa entre 2 e 3 toneladas. Embora pesados, esses blocos podiam ser movidos por grupos de 10 a 20 homens com a ajuda de trenós de madeira. Um papiro encontrado em 2013 (Diário de Merer) descreve exatamente como blocos de pedra calcária foram transportados por barco e arrastados até o canteiro de obras.

Além disso, há representações egípcias mostrando trabalhadores puxando estátuas e blocos em trenós, enquanto outros derramam água na areia à frente para reduzir o atrito — uma técnica simples e engenhosa.


Argumento 3: “A precisão geométrica das pirâmides só poderia ser alcançada com tecnologia avançada”

Refutação:

A precisão das pirâmides é, de fato, impressionante. Os quatro lados da base da Grande Pirâmide têm menos de 20 cm de diferença entre si, e ela está quase perfeitamente alinhada com os pontos cardeais. Porém, isso não exige tecnologia alienígena, e sim conhecimento matemático, astronômico e prática de medição, que os egípcios possuíam.

  1. Conhecimentos astronômicos: Os egípcios observavam os astros para determinar direções. O alinhamento com os pontos cardeais foi feito observando o nascer e o pôr de estrelas como a Estrela Polar de então (Thuban) ou usando a sombra de bastões verticais (gnômons).

  2. Instrumentos simples, porém eficazes: Os egípcios utilizavam cordas, esquadros, níveis e prumos. Combinados com mão de obra experiente, esses instrumentos permitiam grande precisão nas construções.

Argumento 4: “Não há registros de como as pirâmides foram construídas”

Refutação:

Esse é um mito comum. Embora não haja um "manual" de construção das pirâmides, há sim registros relevantes:

  • Diário de Merer: Descoberto em 2013, esse papiro descreve um oficial egípcio supervisionando o transporte de pedras para a pirâmide de Quéops.

  • Grafites dos trabalhadores: Dentro das câmaras da Grande Pirâmide foram encontrados grafites escritos por grupos de trabalhadores, como “A turma dos amigos de Quéops”. Isso prova que a obra foi feita por egípcios e atribuída ao faraó, não a alienígenas.

  • Túmulos de arquitetos e trabalhadores: Próximos às pirâmides, foram encontrados túmulos bem elaborados de engenheiros e trabalhadores envolvidos na construção. Isso não seria feito para escravos ou para um projeto alienígena.


Argumento 5: “Outras culturas ao redor do mundo também construíram pirâmides. Isso prova contato extraterrestre”

Refutação:

Pirâmides aparecem em diferentes culturas (como maias, astecas, chinesas), mas isso não implica contato entre elas — muito menos contato alienígena. A forma piramidal é uma solução lógica e eficiente para construir estruturas grandes e estáveis com materiais disponíveis.

  • A pirâmide distribui o peso naturalmente, o que evita colapsos.

  • É fácil começar largo na base e estreitar à medida que sobe.

  • Culturas humanas, mesmo isoladas, podem chegar às mesmas soluções por convergência funcional.

Argumento 6: “As pirâmides são muito antigas, e ninguém sabe como foram construídas”

Refutação:

A Grande Pirâmide foi construída por volta de 2.570 a.C., durante o reinado do faraó Quéops. Isso é confirmado por:

  • Datação por carbono 14 de materiais orgânicos encontrados nas argamassas.

  • Documentos históricos, como listas de reis egípcios.

  • Registros arqueológicos consistentes com a evolução técnica e arquitetônica do Antigo Egito.

Se houvesse tecnologia alienígena envolvida, seria esperado um salto súbito de capacidades — mas o que vemos é uma evolução gradual de técnicas, desde as mastabas até as pirâmides escalonadas (como a de Djoser) até atingir a forma da pirâmide clássica.

Argumento 7: “A pirâmide contém números avançados como pi e ?, que os egípcios não conheciam”

Refutação:

A associação da pirâmide com os números ? (pi) e ? (número áureo) é resultado de coincidência, e não de intenção deliberada. Os egípcios usavam proporções práticas, como a "razão sagrada" 3:4:5 para triângulos, muito antes do conhecimento formal desses números irracionais.

Pesquisadores mostraram que a inclinação da Grande Pirâmide (aproximadamente 51,5°) pode ser obtida a partir de relações simples entre largura e altura. Mesmo que essa razão resulte em um valor próximo a pi, isso não é prova de conhecimento oculto ou extraterrestre — e sim de engenharia prática baseada em observação empírica.

Argumento 8: “Há energia misteriosa dentro das pirâmides”

Refutação:

Muitos místicos e conspiracionistas afirmam que as pirâmides concentram energia cósmica, curam doenças, afiam lâminas e até conservam alimentos. Nenhuma dessas alegações resistiu a testes científicos controlados.

Vários experimentos foram feitos em ambientes piramidais e de controle, e os resultados sempre apontam que qualquer efeito percebido é placebo ou produto de autosugestão.


O preconceito disfarçado na teoria dos alienígenas

Um ponto pouco discutido, mas importante, é o viés implícito na hipótese alienígena: por que culturas ocidentais raramente têm seus feitos atribuídos a alienígenas, enquanto civilizações africanas, sul-americanas e asiáticas são constantemente "desacreditadas"?

Atribuir a construção das pirâmides a extraterrestres é uma forma sutil de negar a capacidade intelectual e técnica de povos não europeus. É um racismo disfarçado de mistério.

Conclusão

As pirâmides do Egito são um feito impressionante da engenharia humana, mas isso não significa que sejam impossíveis de serem compreendidas. A ciência, a arqueologia e a história nos oferecem respostas claras e fundamentadas. Atribuir essas obras-primas a alienígenas não é apenas incorreto, mas também desrespeitoso com uma das civilizações mais brilhantes da Antiguidade.

É natural que o ser humano busque o extraordinário. Mas, ao olhar para as pirâmides, devemos lembrar que o extraordinário está justamente na capacidade humana de planejar, organizar e construir algo que resista ao tempo — não nos mitos criados para esconder essa capacidade.

Ederaldo feijó

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